Quando entramos em uma loja pela primeira vez, registramos uma série de reações sensoriais. Visão, audição, olfato, tato e paladar são interessantes para trabalhar as sensações dos visitantes. Normalmente, trabalhamos as sensações com marketing sensorial.
Afinal, quantas vezes não compramos um pão quentinho depois de passar por uma padaria e sentir o cheiro?
Aromas, músicas e um local bem decorado, mexem com os sentidos. Essas emoções geram conexões com os consumidores e instigam o desejo de compra. Nas ações planejadas pelo trade marketing, desde o planejamento estratégico do produto, até a execução no PDV, a ideia é que o produto seja valorizado perante os consumidores.
Valorizar o produto com ajuda das percepções cognitivas potencializa o alcance dos resultados. Então, vamos falar um pouco sobre como trabalhar marketing sensorial e usar essas percepções como estratégia.
Estabelecendo conexões através de experiências sensoriais
Quando falamos sobre estratégias de trade marketing com marketing sensorial, estamos tratando de uma tática que será percebida fisicamente pelo consumidor. As experiências sensoriais vão ser percebidas por estímulos e provocar reações emocionais ou físicas.
Pensando nisso, devemos buscar entender quais estímulos e sentidos mais influenciam a decisão de compra de cada SKU. Com os sentidos aguçados, no mínimo, você consegue mais atenção do shopper, despertará curiosidade sobre o produto ligado àquela vivência.
O marketing sensorial vai usar as sensações para remeter a vínculos emocionais e memórias que criamos ao longo dos anos. Ativam nosso cérebro e trabalham a imaginação e o desejo de compra.
Fortalecendo a identidade da marca
Se trabalharmos os estímulos da melhor forma, você vai ajudar a fortalecer a identidade da sua marca. Um bom exemplo disso é a Puket, a marca tem um cheiro clássico que está presente em todas as lojas.
Outro exemplo de marca que trabalha com o olfato é a loja de roupas Le Lis Blanc. Eles criaram uma fragrância específica para aromatizar as lojas e dar identidade olfativa à marca.
Nos dois exemplos falados acima, estamos citando olfato e varejo, mas também pode ser aplicado em lojas multimarcas e seu produto pode ser destaque se usar essa técnica de trade marketing no PDV.
De acordo com o livro: “Trade Marketing: estratégias de distribuição e execução de vendas” aponta que, tradicionalmente o trade marketing tem três pilares: sortimento, preço e promoção.
No entanto, recentemente as grandes empresas de bens de consumo de alto giro têm introduzido um quarto pilar: a visibilidade. Durante o processo de compra, 90% de todo input sensorial vêm através da visão.
Por isso, é um dos sentidos que é essencial na hora de construir os pilares de trade marketing. A visibilidade sustenta a experiência de compra do cliente com base no ponto de venda.
Trabalhando os sentidos
Depois de pensarmos em tudo isso, conseguimos entender com mais certeza ainda o motivo da experiência sensorial no PDV ser tão importante. Se comprássemos apenas baseados na razão, provavelmente compraríamos muito menos.
Comprar é uma atitude que tomamos de forma racional. De fato, temos necessidades que são supridas com as coisas e serviços que consumimos. Porém a questão emocional está sempre presente, e na maioria das vezes, fala mais alto. Geralmente, compramos além da funcionalidade.
Compramos porque achamos bonito, porque vai ser prazeroso, por causa das nossas memórias, porque queremos agradar alguém, porque somos estimulados! Por isso, a experiência de marketing sensorial no PDV deve fazer parte da estratégia de trade marketing.
Vamos aos sentidos!
Pense no seu segmento
Apesar do marketing sensorial do PDV possibilitar o estímulo dos sentidos simultaneamente, é preciso entender melhor qual sentido você quer evidenciar em cada ponto de venda.
Quais sensações você tem explorado no seu ponto de venda? Pense nisso e veja quais opções podem melhorar a experiência do cliente dentro da sua loja.