Uma das principais tendências do mercado atual é a migração das relações de compra e venda para o meio digital. O e-commerce é uma das formas mais comuns dessa migração.
A pesquisa divulgada pela PayPal e pela BigData Corp, o Perfil do E-commerce Brasileiro, que é realizada desde 2014, esse ano trouxe alguns resultados interessantes. Por exemplo, depois de dois anos de crescimento moderado (2016 e 2017), o e-commerce brasileiro vivenciou sua maior expansão desde 2014, com o crescimento de 37,59%.
Atualmente, são cerca de 930 mil sites de comércio eletrônico. Mais da metade deles, ou 59,76%, usam plataformas fechadas, em geral gratuitas. Porém, mesmo que muitos e-commerces optam pelas soluções baratas ou “for free”, os sinais são de alto crescimento de faturamento, já que 7,93% faturam mais de R$100 milhões e mais de 500 mil visitas mensais.
O que é e-commerce?
Algumas pessoas acreditam que qualquer forma de vendas online é um e-commerce, mas não necessariamente. O e-commerce, só é um e-commerce quando ele traz produtos de apenas uma marca. Seja fabricante, ou revendedor em plataforma virtual própria. Além disso, geralmente não existe um intermediador para o processo de venda.
O e-commerce surgiu antes do que você pode imaginar, ele surgiu em meados dos anos 70, quando Michael Aldrich, um empreendedor do ramo de TI, apresentou um projeto que permitia fazer compras online através de uma televisão modificada, que ele chamou de Videotex. Esse precursor do e-commerce foi chamado de teleshopping.
Em 1990, com o lançamento da WorldWideWeb, criado por Tim Berners-Lee. Desde aí, a evolução das compras online acelerou. Em 1992, foi criado o primeiro site comercial, que vendia livros online e aceitava pagamento com cartão de crédito.
Então, em 1995, foram fundadas as gigantes Amazon e eBay. Em 1999, criou-se o grupo Alibaba, na China. E assim, o e-commerce foi evoluindo até o que é hoje em dia.
E-commerce vs. Marketplace
Qual a diferença entre um e-commerce e um marketplace?
O marketplace oferece uma plataforma comum, para que várias empresas vendam seus produtos. Essa plataforma vai fazer o intermédio na hora do processo de cobrança e, em muitos casos, também assume uma certa parcela da responsabilidade sobre a garantia de entrega e qualidade do produto vendido.
Para os lojistas, o marketplace é uma alternativa interessante porque é bem mais simples de gerenciar. Toda a estrutura está pronta, basta fazer um cadastro e começar a catalogar produtos.
Já no e-commerce, o lojista tem mais liberdade para definir o design e a estrutura da sua loja virtual.
Com o tempo, essa liberdade se torna cada vez mais importante, para fazer promoções, desenvolver diferentes categorias de produtos, trazer filtros específicos de busca para o usuário. Por isso, podemos dizer que o e-commerce é uma alternativa mais escalável.
Tendências do E-Commerce no Brasil
O e-commerce existe no Brasil há 25 anos e desde o início o processo de crescimento foi constante. Por isso, o monitoramento das tendências dentro do comércio eletrônico é essencial. Analisar e entender quais tendências precisam ser adotadas dentro do seu e-commerce, assim você se mantém relevante e não fica obsoleto perante a concorrência.
#1 O varejo irá evoluir ou morrer
Aqueles do varejo que se recusam a evoluir na taxa exigida, está morrendo lentamente. Se seu consumidor só se envolve com sua marca no nível da transação financeira e tudo depende de desconto e preço, sua empresa está se preparando para ser adquirida pelos maiores players do varejo online.
Então, se você está no mundo do varejo, tome medidas para diversificar seus pontos de contato com o cliente, inovar online e também dentro de sua loja física para manter a lealdade de cliente.
#2 Os consumidores impulsionam a inovação
Quando você sabe o que seus consumidores pensam sobre sua marca, a inovação vem mais fácil. Portanto, espere ver marcas e consumidores chegarem ainda mais perto em 2019. Concentre-se em ampliar e prestar atenção à voz do seu cliente. Receber feedback com frequência, oferecer pesquisas e implementar suas ideias.
#3 Chatbos são parte do essencial
Os chatbots estão mudando a experiência do consumidor de e-commerce para melhor, isso apenas continua em 2019. Eles removem um monte de atrito da jornada padrão do cliente e é por isso que 48% dos consumidores preferem se conectar a uma empresa por meio de um chat ao vivo do que qualquer outro meio de contato, de acordo com a Hubspot. E 35% dos consumidores querem ver mais empresas usando chatbots segundo a Ubisend.
Se você ainda não tem chatbots, esse é o momento de investir em um construtor de chatbot ou em uma agência que possa ajuda-lo a criar um chatbot personalizado para gerar engajamento, vendas e melhor suporte ao cliente.
#4 Consumidores engajando com fabricantes
A tendência de Direct-to-Consumer (DTC) continua e nos próximos anos. Fabricantes como Unilever e Casper já começaram a tirar proveito das plataformas de experiência digital, mídias sociais e marketing online geral para alcançar seus clientes diretamente.
Se você é um fabricante, o caminho para vender diretamente aos consumidores agora está mais curto e mais acessível do que nunca. Tudo que você precisa fazer é encontrar a plataforma de experiência digital correta – como SaaS – e você tem todas as ferramentas que precisar.
#5 Machine Learning
A inteligência artificial continua reduzindo o atrito no processo de compra. As plataformas com tecnologia AI começarão a fornecer experiências e campanhas de marketing mais direcionadas e personalizadas, o que impulsionará as vendas online.
O e-commerce baseado em IA ainda está surgindo, mas é a hora de estar familiarizado com quais benefícios de incorporação que a tecnologia traz para sua marca, por meio de campanhas de chatbots e de personalização.
#6 Evolução das plataformas de análise
À medida que novos canais surgem, as plataformas de análise novas e existentes precisam estar lá para fornecer dados. Além disso, as plataformas de análise podem ajudar o marketing a melhorar o desenvolvimento de produtos, preços e retornos.
Se você ainda usa apenas o Google Analytics, é hora de se atualizar e começar a pegar dados de outros canais, além de dados mais abrangentes relacionados diretamente aos seus funis de vendas. Afinal, dados ajudam a implementar atualizações.
#7 O crescimento do e-commerce B2B
À medida que as margens são espremidas no segmento B2B, os canais digitais continuarão a abrir novos mercados e reduzirão o atrito em atingir os clientes-alvo. De acordo com a Forbes, a Forrester estima que o comércio eletrônico B2B superará US$ 1,1 trilhão e responderá por 12,1% de todas as vendas B2B nos EUA até 2020.
Você pode usar algoritmos de otimização de preços para fornecer preços de produtos dinamicamente. Se você ainda não aplicou nenhum desses, você já sabe qual o próximo passo que você pode dar.
Observe todas as tendências e para o seu e-commerce no Brasil! Depois, conta pra gente como foi 😉 !